A
indiferença já não me assusta mais
Perdi
o medo de ser deixado pra trás
Sou
fruto da solidão, exilado pelo tormento.
Caminhando
na contramão, acolhido pelo tempo.
A
indiferença já não me assusta mais
Há
tempos abandonei os desejos de criança,
Os
sonhos foram todos corroídos,
Desilusões
trazidas da infância.
A
indiferença já não me assusta mais
Já
não tenho mais medo da dor,
Já
não tenho mais medo do amor,
Até
hoje, não descobri quem eu sou.
A
indiferença já não me assusta mais
É
melhor é deixar tudo no seu devido lugar.
Não
existem mais motivos pra existir,
Não
existem mais motivos pra tentar
A
indiferença já não me assusta mais
Aprendi
a conviver com a impossibilidade
Ao
olhar pra pirâmide, descobri a imobilidade
Uma
vida condenada à invisibilidade