segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Teoria



Por que não me deixa seguir em paz?
Aquilo que você chama de amor,
parece mais com uma cela em Alcatraz.
Não vou mais fingir que não sinto dor.

O tempo me ensinou a caminhar sozinho,
não preciso de argumentos para te convencer.
Estou cansado de ser aquele cara bonzinho,
estou disposto a abrir mão, resolvi perder.

Chega de dar murro em ponta de faca,
a dor não pode se transformar em agonia.
História mal resolvida o peito maltrata,
o amor é avesso a tese ou teoria.

Devo aprender a olhar para frente,
estou dando um fim a nostalgia.
A vida passa tão rápida e de repente
nada como um dia após outro dia.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Velhas histórias



Preciso fazer novos amigos,
tenho velhas histórias para contar.
Te  levarei para sempre comigo,
mesmo que você parta sem avisar.

Em uma noite que se faz eterna,
o crepúsculo está quase por vir.
Uma agonia que se externa.
O que fazer para impedir?

Mesmo que me faltem pernas,
sem folego, não irei descansar.
Navegarei por horas e léguas,
sem o destino para me controlar.

As estrelas se apagaram,
o céu parece estar vazio.
Desejos que não saciaram,
carente feito bicho no cio

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Emblema


O último encontro foi marcado pela tristeza
Não conseguimos conviver com a diferença
Acabamos enganados pela certeza
A solidão será a nossa sentença

Desaprendemos a arte da convivência
Por várias vezes nos levamos ao limite
Não soubemos exercitar a paciência
Desperdiçamos o tempo com palpite

Por enquanto seguimos feridos
Ainda não sabemos quem tem razão
O coração bate no peito partido
Porém, sereno pela resignação.

Lá na frente á gente se encontra.
Mas, se não acontecer não tem problema,
Não levarei adiante essa amargura
E nem farei do rancor um emblema.

sábado, 2 de novembro de 2013

Apenas mais simples





Antigamente tudo era mais simples,
as pessoas eram menos tristes.
Parecia que a vida passava devagar,
com bastante tempo para sonhar.

Hoje se vive a tirania da felicidade
o medo coexiste com a realidade.
Estão altos os muros da grande cidade,
fronteiras encolhem a liberdade.

O que se vê na rua é desigualdade,
pessoas reféns de qualquer caridade,
a tecnologia é sempre de ponta,
mas, falta uma ponta de solidariedade,

Ontem era mais simples que hoje
Não sei dizer se era melhor,
também não sei se era pior.
Era apenas mais simples.