terça-feira, 3 de maio de 2011

Fina Estampa




Mil poemas não seriam
Capazes de traduzir
O que sinto por você
É da ordem do inexplicável

A alegria inconteste
Já não consigo esconder
À vontade e nem o desejo
De mergulhar no sorriso Largo
De me perder nos seus beijos

Estar contigo
É o mesmo que navegar
Em mares turbulentos
Nunca antes navegados

Sua fina estampa
É repleta de paradoxos
Reúne a quintessência da sedução.
Dentre todas as suas imperfeições
É a mais perfeita de todas as mulheres.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ancestralidade


Salve Aruanda!
Salve os Pretos Velhos!
Filhos do açoite
Negros de cor
Criados da escravidão
Embalados na dor

Salve o Orun!
Salve meus ancestrais!
Negros sem pai
Na senzala só ouviam os “ai’s”
O tronco era o destino
Traçado pelas mãos do Capataz

Salve a Vida!
Salve aos Orixás!
Por todos aqueles
Que lutaram pela liberdade
Descansem em Paz.

domingo, 1 de maio de 2011

Amou demais


O coração dele parou.
Ele amou demais.
Morreu de solidão,
A marca dos que ficam para trás.

Morreu sem mãe e sem pai,
Sem irmãos e sem sobrinhos.
Ah! Foi por isso que ele morreu,
Não quis mais ficar sozinho.

Família desvinculada,
Sem teto, sem lar.
Sozinho ele morreu,
Sem ter alguém para chorar.

Se amou, porque morreu?
Morreu por amar demais