O negrinho
foi morto subindo o morro
Para o estado
mais um estorvo
Já veio ao
mundo natimorto
Morreu de calor,
morreu de desgosto.
O negrinho
morreu indo para casa
Indo ao
encontro da Pretinha
Iria beijar a
criançada
Teve a casa
invadida, teve a vida tirada.
O negrinho
morreu por que não a foi escola
Lá não é
lugar de Negro
Seu lugar é
pedindo esmola
Vivendo da
piedade daquele que lhe esfola
O negrinho
morreu de solidão
Mais um filho
sem pai
Mais um filho
da exclusão
Passando
fome, morreu de inanição.
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