segunda-feira, 1 de julho de 2013

Indiferença


A indiferença já não me assusta mais
Perdi o medo de ser deixado pra trás
Sou fruto da solidão, exilado pelo tormento.
Caminhando na contramão, acolhido pelo tempo.

A indiferença já não me assusta mais
Há tempos abandonei os desejos de criança,
Os sonhos foram todos corroídos,
Desilusões trazidas da infância.

A indiferença já não me assusta mais
Já não tenho mais medo da dor,
Já não tenho mais medo do amor,
Até hoje, não descobri quem eu sou.

A indiferença já não me assusta mais
É melhor é deixar tudo no seu devido lugar.
Não existem mais motivos pra existir,
Não existem mais motivos pra tentar

A indiferença já não me assusta mais
Aprendi a conviver com a impossibilidade
Ao olhar pra pirâmide, descobri a imobilidade
Uma vida condenada à invisibilidade

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