quarta-feira, 25 de junho de 2014

Mama África





Nas águas de Oxum confrontei a solidão
Nos braços de Yemanja carinho e compreensão
Os ventos de Iansã me mostram a imensidão
No colo de Nanã tenho consolo e absolvição

Fui na mata de Oxóssi encontrar o perdão
Na estrada de Ogum eu busco proteção
Só Xango sabe o que carrego em meu coração
A sabedoria de Oxalá me guia pela mão

Naquela seguda-feira vi Exu parado no portão
Olhando pro Orun enquanto pilava o pilão
África continente que habita a minha imaginação
Do seu mundo imaterial nasce o encontro
Entre a ancestralidade e a representação

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