quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Neguinha




Hoje eu queria ver você
Sambar até sol nascer
E me perder pelo caminho
Por becos e ruas sigo sozinho

Meu amor por você é inteiro
Te quero de Janeiro a Janeiro
Vem pra cá e me faça feliz
Isso é tudo que eu sempre quis

Você é minha mania
Eu quero te ver todo dia
Contigo minha doce neguinha
Eu mergulho no mar da Bahia

Dormir ao seu lado e sonhar
Não há nada que possa explicar
Seu sorriso, seu jeito brejeiro.
De longe eu sinto o seu cheiro

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Possibilidades




A graça do seu movimento
Será eternizada pelo tempo
Seu canto exorciza a dor
Sinto-me leve como o vento

Poemas vindos de um violão
Fazendo amor à meia luz
Notas que beiram a perfeição
Sua pele morena me seduz

Sua doce imagem traz a saudade
De um amor com requinte de liberdade
Um olhar de infinitas possibilidades
Atitude associada à expressividade

Pra que tentar entender a razão?
Se tudo isso é Vênus entrelaçado a Plutão
Aquelas cartas escritas em papel de pão
Descrevem amores perdidos e desilusão

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Aos homens de boa vontade



Aos homens de boa vontade
Paz, saúde e prosperidade.
É bom voar com as asas da liberdade
Meninos saindo da puberdade

Aos que acreditam em bom coração
Saber perdoar também um é dom
Eterna será sua busca por aceitação
Começo a dançar só de ouvir o seu som

Alcançar o mito da igualdade
Fundamenta o desejo de felicidade
Entender o outro é questão de alteridade
Olhar para filosofia,como quem busca a verdade.

Andei de mãos dadas com a solidão
Talvez ele fosse mercador de afeto
E eu certamente um comprador de ilusão
Não sei se existe o certo,mas sei que existe o não.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Busca


Meu samba não segue convenção
Na rua eu sou capoeira
No bar eu canto a desilusão
Do amor tomei muita rasteira

Ontem eu fui bamba
Hoje eu sou de bobeira
Amanhã eu nada serei
Meu tempo se extinguiu na poeira

Me perdi nas cadeiras da passista
Hoje morro de amor na Mangueira
No peito bate um coração de artista
Caminhando sozinho em Madureira

A solidão acompanha o poeta
Não preciso dizer aonde vou
Chega de objetivos e metas.
Hoje quero saber quem eu sou.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Foco




Ser focado é uma impossibilidade
Hoje o perfeccionismo me dá medo
Enquadrar-se é perder a liberdade
Mas, o pior é ter que acordar cedo.

Baseado em que você foge?
Tentando alterar a percepção
O nada está cheio de sentido
A vida é náusea e desilusão

Quando estou pensando no futuro
Acabo me encontrando com o passado
Resolvo fugir para o presente
Percebo a ausência de amor

Uma poesia com poucos versos
Mas, com todos os sentidos em alerta.
Tento me esconder do mudo
Mas, esqueço a porta entre aberta.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Efêmera



É possível sentir tanta saudade,
até começar a deixar de sentir.
Estamos nos escondendo da verdade
Já não conseguimos mais sorrir

O tempo será o nosso confidente
Não tem por que pedir perdão
O mar sempre será imponente
O melhor é agir com a razão

O que há entre nós é saudade,
resolvemos bancar o “do contra”.
Nosso maior adversário é a vaidade
O amor não perdoa tanta afronta    

A gente se encontra mais a frente
Caso não aconteça, sem problema.
A felicidade é uma condição efêmera,
a vida se resume em um doce poema.