quinta-feira, 22 de março de 2012

Carta para Carolina


Há muito tempo as “Carolinas” são cantadas em verso e prosa, algumas vezes “swingadas” como no som de Bebeto e Seu Jorge, em outras eternizadas como na voz de Gal Costa. Mas, a minha Carolina é diferente tem um sorriso aberto uma alegria resplandecente, seu jeito moleca é o que mais me encanta. Apesar de não termos crescido no mesmo bairro, quando nos juntamos parece um retorno à infância.

Eu conheci uma mulher sem frescuras, sem aqueles trejeitos de “mulherzinha”. Carolina é daquelas que correu, pulou, brincou, se aventurou que bebeu a água da vizinha na borracha, para quem sabe assim, criar anticorpos contra a futilidade, a subalternidade tão inerentes aos seres humanos nos dias hoje, e mesmo realizando tais proezas não perdeu a feminilidade e nem a meiguice.

Às vezes ela morre de amor, para enfim renascer como flor. Não é refém de certos sentimentos mesquinhos, vai à luta, diz o que sente, expressa o que pensa não se atormenta com qualquer bobagem. Aos que forem pretendentes não percam tempo, pois a fila anda!

Essa tal de Carolina é a irmã que eu não tive fomos separados pelo ventre, porém, somos unidos pelo amor fraterno esse laço perene e frágil ao mesmo tempo. Fato que não é explicado pela ciência, certamente se nós fizermos um exame de DNA o resultado será 99% irmãos. Nossa semelhança genética está no espírito e vai muito, além do inimaginável. Quem nunca teve uma Carolina em sua vida, que morra de inveja, pois a minha será eternamente levada em meu pensamento e no meu coração.


Poderia ter feito um soneto ou uma poesia, mas preferi fazer um texto para expressar a minha alegria, essa carta não é uma monografia e nem segue as regras rígidas e técnicas da ABNT. Porém, segue os princípios de um coração que sorriu assim que lhe viu pela primeira vez.

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