quarta-feira, 22 de junho de 2011

Saudades de vó




Sinto a falta de alguém
Aqui nesse lugar
De pessoas que já se foram
De outras que nunca mais
Irão voltar

Do almoço de Domingo
Da comida da vovó
Quando lembro que ela se foi
Minha garganta dá um nó

Não consegui dizer eu te amo
Não consegui me despedir
Quando menos esperei
Chegou a hora dela partir

Para onde ela foi?
Isso eu não sei dizer
Quanto mais o tempo passa
Mais aumenta meu bem querer

Da mesma forma que ela foi
Quem sabe se um dia voltará?
Para os braços do netinho
Que está sempre a esperar

Saudade, eu sinto o tempo todo.
Quanta saudade eu sinto de vocês,
Saudade é uma palavra triste,
Que só existe no idioma português.

domingo, 19 de junho de 2011

Os caminhos do coração





O amor percorre caminhos
Até então desconhecidos
Quando usa uma rota de fuga
É considerado amor bandido

Quando segue o fluxo sanguíneo
O amor vem do coração
Uma vez idealizado
Ensaiado por Platão

Quando queima a alma
É o amor dos amantes
Ele nunca se acalma,
Ou se mostra relutante

Ao atravessar fronteiras
O amor se torna universal
O respeito à vida se faz fundamental
Não amar é a impossibilidade viver

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Olhos do coração


Te vejo com os olhos do coração
Adentro o seu íntimo como um furacão
Sua beleza beira a perfeição

Percebo a sua história 
Invadindo a minha memória
Assim nos encontramos  
E entramos em sintonia                         

As horas param
O coração acelera
O mundo se paralisa
O infinito se torna particular

Te olho com os olhos do amor
Estou pensando em você
Sem qualquer pudor
Da sua boca surge,
A mais bela canção de amor

Quando você passa o poeta se encanta,
Ao te ver, o olho dele se levanta.
A leveza de seu caminhar,
É como assistir a passos de dança.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pierrot Apaixonado


Você me ensinou a
Provar todos os sabores
Me ensinou a gostar 
de todas as cores.
A beleza de ser universal.

Eu sou apenas um Pierrot,
Aquele palhaço que chora,
Com os olhos te devora.

Que não consegue,
Te tirar da memória,
Que conhece de trás para frente,
Todas as suas histórias.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Lembranças


Perdido em minhas lembranças
Sou amparado pela solidão
Ouço músicas, releio as cartas
Como se quisesse me unir ao passado

Um elo se fortaleceu ao longo do tempo
Me pego imaginando como seria
Envelhecer ao seu lado, te ver sorrir ao acordar
Ouvir suas histórias ao final do dia

Enfim me despeço das lembranças
Assim como dos amores e das dores.
As cartas o tempo irá apagar
As músicas serão eternizadas

As lembranças irão comigo aonde eu for
Dos fantasmas irei me libertar
Agora sim, me sinto livre.
Pronto para novamente recomeçar

sábado, 4 de junho de 2011

Intensidade


Ao olhar para você uma única vez
Me senti enredado como um peixe
Fui acuado como uma presa
Sem ter pra onde ir
E nem pra onde correr
Apenas pude viver intensamente.
Foi simplesmente esperar pelo amor
E por toda dor que estava prestes a chegar.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Demência


Sou um homem mediano
E não o príncipe encantado
Falo mais bobagens que poesias.
Será que poesias não são bobagens?

Bobagens de um tolo apaixonado
De um homem inteligente, sensível,
Atento, carinhoso e cuidadoso.
Mas será que existe um homem assim? 

Minha modéstia impede
O reconhecimento de tais predicados
E minha insegurança,
Realça meus defeitos.

Será insegurança
Ou será prudência?
Não é nada disso
Acho mesmo que é demência.