A
saudade sempre me abraça
Quando
recorro à lembrança
No
azul do firmamento
Surge
uma ponta de esperança
Seu
sorriso me deixa calmo
Assim
como o mar na temperança
Através
do seu olhar enxergo o mundo
Como
um lugar ambíguo e profundo
O
vazio me consome
Sinto
que fui abandonado
Não
consigo mais enfrentar a vida
Para
sua ausência não fui preparado
Olho
para o andar debaixo
Vejo
a sua casa escura
Recolhido
em minha tristeza penso:
-
Deveria ter ficado na rua
Os
apelos não surtem mais efeito
Meus
versos devem estar ultrapassados
Carrego
essa dor contida no peito
Viver
as agruras desse amor,
Foi
pra isso eu fui talhado.